segunda-feira, 20 de agosto de 2018

VIAGENS NO METRO

 O Metro está a chegar. Cem metros em o Metro, dizem os passageiros ou contam os mais entusiastas. Mas não sabem quantas portas, nem quantos minutos são necessários para esvaziar cada chegada e encher cada partida, sobretudo das estações centrais, em geral nas horas de ponta, completamente repletas de concorrentes a passageiros. São  assim todas as grandes cidades da Globalização, a par de mutações terríveis, conjugadas, relativas ao clima -- subida geral das águas dos oceanos, tempestades soberanamente tropicais, grandes áreas em todos os continentes submersas por águas destruidoras: casas perdidas, milhares de carros arrastados centenas e centenas de mortos, feridos graves e ligeiros.Desaparecidos sem conta sempre, anos e anos. Um mundo em reconstrução, as massas de entidades da emigração desapiedades das massas de aeronaves que atravessavam todo o espaço aéreo todos os dias.
Então falemos do Metro. Deixou de ser rápido porque as pessoas bloqueiam as chegadas e as partidas. À superfície há lutas para alcançar electronicamente os perfumados substitutos dos táxis, agora brilhantes alienígenas da Uber, da Geat,da Gobit, da Honefer.
Há vinte mil grandes cidades, no mundo inteiro, integralmente paradas, com multidões de desempregados, gente trotando bicicletas, gente a pé, grupos enchendo os velhos Tuk y Uk que os turistas cavalgavam com motoristas falantes, dizendo coisas da história e da cidade.
À medida que os oceanos submergem as terras e as energias são substituidas a partir de processos solares e eólicos, a  Groonelândia já quase se desfez e um milhão de espécies desapareceu. Trump, com 110 anos, internado num hospital de conservação, continua a escrever num breve Thouik que os homens estão a pagar pela sua alucinante ganância. E exalta o aparecimento obscuro do dinheiro online.
O Japão, abalado pelas cheias e pelos terramotos, construiram este ano dez mil humano cargueiros,grandes barcos que vão manter as comunidades, apoiadas em redor, quanto aos meios de sobrevivência, por barcos plataforma, produtores das coisas essenciais. Havia filas de computadores em toda a parte.
                                                                                            RSousa

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